Transmutation News Maio de 2013 Download da versão para imprimr
Na newsletter deste mês gostaria que nos focássemos na questão do equilíbrio.
Somos corpo, mente e espírito. Muitas vezes perdemo-nos completamente nas sensações físicas e esquecemo-nos que somos mais do que um corpo. Por outro lado, algumas vezes também não nutrimos os nossos corpos com comida saudável, exercício e descanso necessários para manter a nossa saúde física.
Podemo-nos afogar nas nossas emoções e nos nossos pensamentos e atitudes problemáticos. Também podemos fazer o que se chama de “desvio espiritual” e recusarmo-nos a olhar para o que nos causa problemas a nível emocional e mental. Este estado de negação e repressão repercute-se na nossa saúde.
Somos espírito e temos corpo e mente. O nosso corpo é o recetáculo do nosso espírito e o seu templo, como os antigos egípcios acreditavam. Às vezes focamo-nos demasiado nos desafios diários e preocupações e acabamos por não experienciar o brilho, beleza e graciosidade do nosso espírito. Mas ele está sempre lá. Em alguns casos, não atendemos aos nossos desejos, dizendo que nada mais importa porque somos só espírito.
Para muitos de nós, o pêndulo oscila de maneira exagerada. Devemos atender ao nosso corpo, mente e espírito para criar equilíbrio nas nossas vidas.
Saber o que se passa a todos os níveis é a chave, não nos identificando demasiado com o corpo, emoções ou mente. E isto cria equilíbrio.
Nos livros Medicine for the Earth e How to Thrive in Changing Times partilhei uma prática chamada “desidentificação”, de Roberto Assagioli, criador da psicossíntese.
O grande objetivo deste exercício é perceber que temos um corpo, mas não somos o nosso corpo. Temos emoções, mas não somos as nossas emoções. Temos uma mente, mas não somos a nossa mente. Somos alguém com um senso de ser, permanência e equilíbrio interno. Somos um centro de identidade e consciência pura.
Quando sou apanhada a identificar-me demasiado com alguma coisa que acontece a nível físico, emocional ou mental, repito o parágrafo acima para mim própria. Neste sentido, reconheço desafios que posso estar a experienciar e, ao mesmo tempo, tento não me perder nesses desafios. Posso-me elevar e ter uma perspetiva mais ampla, que me traz sempre de volta a um estado de equilíbrio.
Tive um sonho na noite de sexta-feira Santa. Sonhei que estava muito envolvida e não partilharei todos os detalhes.
Primeiro, estava numa cena de uma batalha na época medieval. A batalha foi muito sangrenta e as pessoas eram torturadas. Depois, a cena mudou e eu estava numa conferência relacionada com a cura espiritual. Descobriu-se que as cenas de batalha que eu testemunhei eram parte de um filme de Hollywwod.
Na conferência, algumas das estrelas do filme apareceram em palco. Eram todas jovens e loiras, de vestido branco, e brilhavam muito, com grandes sorrisos na cara. Os participantes da conferência começaram a fazer-lhes perguntas sobre como se sentiam de representarem no filme. Senti um grande alívio por perceber que não estava a testemunhar uma batalha real, mas cenas de um filme. No sonho, fui recordada que toda a vida é um sonho e que a passamos a representar personagens, como os atores fazem num filme.
Bem sei que já escrevi sobre este tema anteriormente, mas o sonho era um lembrete de que todos desempenhamos um papel neste filme a que chamamos vida. Mesmo durante os momentos mais difíceis em que quase nos sentimos "torturados", somos essas luzes brilhantes evoluindo e aprendendo durante a nossa experiência terrena.
Quando aprendemos a desidentificar-nos um pouco de tudo o que acontece a um nível físico, mental e emocional, podemos recuar e começar a ver a peça que estamos a representar. Podemos decidir que agora é tempo de interpretar um novo papel, uma nova personagem, uma nova peça. Temos escolha de dizer: “Tenho representado esta personagem por muito tempo e é hora de assumir um novo papel”.
Como um ator que se prepara para representar numa peça, tendemos a mergulhar profundamente no nosso papel. Esquecemo-nos que é um papel num filme e que podemos fazer mudanças. Às vezes temos de mergulhar totalmente no papel para aprender as lições a que estamos destinados. Apenas temos de saber quando é hora de fazer uma mudança e perceber que talvez seja altura de explorar um novo papel na vida, para que possamos seguir em frente.
Leve algum tempo a refletir sobre isto em maio.
A Lua Cheia é a 24 de maio. Vamos desidentificar-nos de todos os desafios que enfrentamos e lembrar-nos que somos luz divina e um reservatório da consciência universal, luz e amor incondicional.
Vamo-nos unir e continuar a tecer luz divina, amor e alegria dentro e em todo o nosso belo planeta.
Se é um novo leitor da Transmutation News leia a seção “Creating A Human Web of Light” para mais instruções da nossa cerimónia de lua cheia.
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Tive a oportunidade maravilhosa de conhecer Natalie Sudman. Natalie sobreviveu a uma explosão quase fatal quando estava no Iraque. Nesse momento teve uma experiência de quase morte. Ao recuperar a consciência, lembrou-se dos seres espirituais que conheceu, a cura que recebeu, e uma riqueza de ensinamentos partilhados enquanto esteve no outro lado.
Ela escreveu um belo livro no qual descreve a experiência e os ensinamentos que recebeu enquanto estava em espírito.
Application of Impossible Things: My Near Death Experience in Iraq é o livro de Natalie Sudman, publicado pela Ozark Mountain Publishers. Pode encontrá-lo na Amazon.
Copyrights. Sandra Ingerman 2013 Translation: Sofia Frazoa
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